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Long Story Short

Long Story Short

17
Set24

Que comece o novo ano letivo

Marta Leal

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Durante anos trabalhei apenas por conta própria. Uns dias em casa, outros fora de casa. Há três anos decidi abraçar outro projeto e acabei como professora na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste. Os primeiros tempos não foram fáceis especialmente pela necessidade de mudança de hábitos e nova gestão de horários, até porque não deixei a minha atividade privada. Deixei de tomar pequenos-almoços na praia quando me apetecia, de combinar almoços prolongados ou mesmo de tirar dias para não fazer nada. Perdem-se umas coisas e ganham-se outras.

Esforço-me para perceber a terminologia mais técnica, mas nem sempre tenho sucesso. Os que me conhecem sabem que não tenho jeitinho nenhum para a cozinha e como pasteleira teria um futuro muito curto, mas esforço-me por aprender.

Hoje, na viagem para casa, pensava nos laços que criei ao longo de dois anos, dos abraços que recebi, do apoio incondicional, das conversas, dos planos, da partilha, da interajuda que está sempre presente, mas sobretudo das gargalhadas que damos juntos. Falo-vos dos colegas que se transformaram em amigos, mas também vos poderia falar dos alunos com quem mantenho linha aberta. Gosto de saber das conquistas, dos sonhos, dos medos, das vontades e até dos amores.

Esta semana começou um novo ano letivo e com ele novos desafios, mas os sorrisos e a certeza de que damos o nosso melhor faz-me pensar que a colheita vai ser boa.

Long story short, afinal é verdade o que se diz quando passamos por algumas tormentas que nos fazem pensar na forma como vivemos começamos a apreciar a vida de forma diferente.

10
Set24

Inspiração da semana: os esquecidos de domingo

Marta Leal

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Acredito que o meu gosto pela escrita e pela leitura seja já do vosso conhecimento. Confesso que mantenho o velho hábito da leitura em papel, quando leio em formato digital canso-me, faltam-me o foco e a concentração talvez provocado pela ausência de cheiro do livro e do toque das folhas.
 
Adoro deambular por livrarias e perco-me em qualquer feira de livros usados. Digo sempre que vou só ver, mas não passa de uma desculpa para trazer mais uns livros para casa.Como escolho os livros? Umas vezes pela capa, outras pelo título e outras tantas por algum comentário que li ou ouvi.
 
Esta semana falo-vos de um livro que me fez chorar, rir e refletir. Gosto dos livros que me permitem entrar neles ao ponto de me esquecer do tempo e do espaço. E este foi um deles.
 
“Os esquecidos de domingo”, é uma obra de Valérie Perrin, uma autora fantástica, que nos consegue cativar, intrigar e querer saber mais.
 
Uma história contada pela protagonista Justine, uma jovem de vinte e três anos que trabalha num lar de idosos. A história de Justine cruza-se com a de Hélene, uma das habitantes do lar. Á medida que avançamos nas letras descobrimos intrigas, sabemos segredos e quando pensamos que já sabemos tudo, a autora surpreende-nos e faz aquilo que a vida nos costuma fazer, vira-nos do avesso, e troca aquilo que achávamos ser certo, pelo incerto.
 
Long story short, será que um dia também faremos parte dos esquecidos de domingo?

 

 

08
Set24

Sobre decisões

Marta Leal

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Sempre fui de pensamento rápido e de soluções imediatas. O momento de saída de casa dos três filhos e a paragem do covid trouxe-me uma crise existencial. E eu sempre tão certa do meu caminho e das minhas decisões senti-me parar e durante uns tempos não conseguia ou não queria tomar decisões. Estranhei-me! Questionei propósitos, missões, trabalho, posturas, escolhas e caminhos.  E faz-nos tão bem questionar!

Voltei mais serena, mas sobretudo mais ponderada. Demoro mais a tomar decisões, penso mais nas consequências, escolho com mais cuidado e dou-me tempo para isso tudo. Talvez seja fruto da idade, da certeza de que a vida é curta para tudo o que queremos viver ou da aprendizagem que saborear é melhor do que devorar.

A minha questão de saúde colocou-me perante a finitude da vida e aquilo que sabia racionalmente tornou-se visceral. Só tenho uma vida – pelo menos com esta consciência – e devo vivê-la como me faz sentido a mim, sem medo de críticas ou de melindrar os outros.

Dentro deste alinhamento e com o carro avariado resolvi comprar outro. Entro no stand e afirmo-me na necessidade de um carro com entrega rápida. Conversamos, escolho o carro e é aí que o vendedor me diz que para entrega imediata só tem um branco. Respondo, com um ar muito certo de que não quero um carro branco.

Long story short, vou esperar até novembro por um carro apenas porque não quero um carro branco. Conseguem imaginar a cara do vendedor perante a minha decisão?

01
Set24

Os meses passam rápido

Marta Leal

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Há muito que não vos sussurro e como eu tinha saudades disso. Os meses passaram rápido e não vos posso dizer que tem sido um ano fantástico. Se o dissesse estaria a mentir. Entre cirurgia, tratamentos, medicação, avarias do carro, consultas de rotina, avanços e recuos na saúde do pai que culminaram na sua morte foram meses de angústia, de sensação de impotência, de zanga, de tristeza e, por fim, de aceitação e consolidação da certeza de que a vida é mesmo assim. Que existem momentos bons e momentos menos bons, que por vezes ganhamos e outras vezes perdemos.  Que a única coisa que podemos fazer é seguir em frente alinhando-nos com quem somos e com quem queremos ser.

Aceitar que a vida é mesmo assim não significa que a saudade não doa, que as lágrimas não insistam em cair e que os “e se” não permaneçam presentes. Aceitar que a vida é mesmo assim significa que perante o que não posso evitar só me resta decidir sobre o modo como lhe vou reagir. Tem sido um ano de reflexão não só sobre o caminho que fiz, mas principalmente sobre o caminho que quero fazer.  Por essa razão, Setembro vem acompanhado de mudança, de novidades e vontade de fazer diferente.

Que caiam as folhas do que já não me serve e se permita que cresça aquilo que me faz sentido.

Agradeço-vos estarem presentes, o vosso carinho incondicional e desejo-vos um Setembro fantástico!

Long story short, na viagem que fazemos vale-nos aquilo em que acreditamos, as experiências que temos, a aprendizagem que fazemos e aqueles com que nos cruzamos.

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