Que comece o novo ano letivo
Durante anos trabalhei apenas por conta própria. Uns dias em casa, outros fora de casa. Há três anos decidi abraçar outro projeto e acabei como professora na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste. Os primeiros tempos não foram fáceis especialmente pela necessidade de mudança de hábitos e nova gestão de horários, até porque não deixei a minha atividade privada. Deixei de tomar pequenos-almoços na praia quando me apetecia, de combinar almoços prolongados ou mesmo de tirar dias para não fazer nada. Perdem-se umas coisas e ganham-se outras.
Esforço-me para perceber a terminologia mais técnica, mas nem sempre tenho sucesso. Os que me conhecem sabem que não tenho jeitinho nenhum para a cozinha e como pasteleira teria um futuro muito curto, mas esforço-me por aprender.
Hoje, na viagem para casa, pensava nos laços que criei ao longo de dois anos, dos abraços que recebi, do apoio incondicional, das conversas, dos planos, da partilha, da interajuda que está sempre presente, mas sobretudo das gargalhadas que damos juntos. Falo-vos dos colegas que se transformaram em amigos, mas também vos poderia falar dos alunos com quem mantenho linha aberta. Gosto de saber das conquistas, dos sonhos, dos medos, das vontades e até dos amores.
Esta semana começou um novo ano letivo e com ele novos desafios, mas os sorrisos e a certeza de que damos o nosso melhor faz-me pensar que a colheita vai ser boa.
Long story short, afinal é verdade o que se diz quando passamos por algumas tormentas que nos fazem pensar na forma como vivemos começamos a apreciar a vida de forma diferente.